Se continuar a chover, "volume morto" se recupera em cem dias, diz consórcio
Segundo a direção do Consórcio, a estiagem se iniciará na metade desse tempo - 50 dias
Estimativa feita por técnicos do consórcio dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) aponta que, com a quantidade de chuva atual e de entrada e saída de água do sistema Cantareira, serão necessários cem dias para recuperar todo o "volume morto" - água que fica abaixo das comportas - usado das represas.
Apesar disso, os técnicos da instituição não acreditam na recuperação do volume morto. Isso porque, segundo a direção do Consórcio, a estiagem se iniciará na metade desse tempo - 50 dias. Eles consideram as previsões para os próximos meses, de quantidade de chuvas abaixo da média histórica.
Por isso, o consórcio voltou a orientar os associados (43 prefeituras e 27 empresas) para que reservem água da chuva.
"Não podemos deixar essa água [de chuva] passar pela calha do rio e ir embora. Municípios, empresas e a comunidade devem reservar o máximo possível, seja por meio da construção de cisternas, bacias de retenção, piscinões ou pequenos reservatórios", disse a assessoria da entidade, por meio de nota.
Em abril do ano passado, quando se iniciou a estiagem, a situação era melhor em relação à atual. O Cantareira tinha 13% do volume útil (água acima das comportas). Nesta quinta (12), o sistema opera com 6,7% da sua capacidade, incluindo o volume morto (que não era contabilizado em abril).
Pelas contas, no prazo serão necessários ao menos 287,5 bilhões de litros de água - 182,5 bilhões de litros da primeira cota do volume morto (reserva técnica), já esgotada, e 105 bilhões de litros da segunda cota, atualmente em uso. A terceira e quarta cotas têm, juntas, 81 bilhões de litros de água.
Atualmente, as chuvas estão 50% abaixo da média histórica, segundo a direção do Consórcio. Nesta quinta-feira (12), 50 mil litros de água por segundo estão entrando no Cantareira e 14,7 mil litros por segundo estão saindo. Essa água abastece cerca de 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Nesta quinta, o volume do Cantareira registrou alta de 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior. Na quarta (11), apesar da chuva não ter sido tão intensa na cabeceira, o Cantareira acumula 143,8 mm de água no mês -o que corresponde a 72,2% da média histórica mensal (199,1 mm).
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, também nesta quinta, que a administração estadual deixará prontas obras de engenharia para a possibilidade de captação da quarta cota do volume morto do sistema Cantareira apesar da intenção de não usá-la.

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